*Imagem meramente ilustrativa.
*Imagem meramente ilustrativa.
Eram dois amigos que no sábado à noite, foram no antigo clube da fábrica, (não era o ginásio que é hoje), onde tinham várias pessoas, um bar com bebidas e música ao vivo.
O clube era o ponto de encontro de Rio Branco. Estava tudo animado até que os dois amigos, por um motivo qualquer, discutiram e brigaram. Foi uma briga à toa, mas eles se afastaram um do outro e ficaram cada um em seu canto.
Um deles, tinha 17 anos, percebeu que o ambiente começou a ficar perigoso, quando viu um dos homens mais temidos da cidade chegar no local. Ele estava vestido de preto, com um chapéu estilo cowboy, e na cintura, por baixo da camisa, reluzia o seu famoso Smith & Wesson niquelado, que gostava de exibir.
O perigoso encostou-se ao bar e começou a beber, lançando olhares ameaçadores para quem cruzasse o seu caminho. Ele sempre provocava encrencas por onde passava, e já tinha matado alguns homens de forma covarde.
O rapaz ficou temeroso que algo pudesse acontecer, já que estava sozinho. Resolveu ir embora, antes que fosse tarde demais. Ele estava a pé, e saiu na escuridão, passando pela fábrica antiga naquela época toda escura e poeirenta, não tinha muita iluminação.
Ele sabia que várias pessoas perderam a vida naquele local, mortes horríveis, a fábrica até parecia meio assombrada. O rapaz já começou a ficar com medo.
Resolveu cortar caminho pelo Alto do Preste, pegando uma ruazinha ao lado do antigo posto, que naquele tempo tinha um restaurante, onde ele havia experimentado pela primeira vez um espeto corrido, novidade para a época, era uma família de gaúchos que tocava o restaurante.
Quando estava na ruazinha, subindo para o Alto do Prestes, de longe ele viu um senhor sentado na frente de uma fogueira, ao lado da antiga pensão que existia ali.
A princípio não achou estranho, poderia ser um guardião que estava ali aquecendo-se na noite, o frio era intenso. Ele firmou o passo e foi se aproximando. Ao passar pelo homem, este lhe deu um largo sorriso e ergueu a mão como se fosse um aceno.
O senhor parecia simpático e bondoso, e o rapaz retribuiu o cumprimento, seguindo em frente, mas logo sentiu uma estranha sensação de que algo estava errado.
Olhou para trás, e viu que o velhinho e a fogueira tinham desaparecido. Não havia mais nada ali, apenas a escuridão e o silêncio. Quando foi ver as horas no seu relógio Orient de mostrador azul, ficou gelado, os ponteiros marcavam exatamente meia-noite.
Ele sentiu um arrepio na espinha, e começou a andar rápido, sem olhar para trás. Nem se lembra como chegou em casa, o coração estava batendo forte, suando frio.
Até hoje ele não sabe quem era o senhor que estava lá, mas ele tinha certeza de que era um fantasma. Pode ser alguém que faleceu dentro da fábrica, naquela época e sua alma ficou perambulando pela vizinhança.
Esta é mais uma história que o povo conta, será mentira ou será verdade, tirem suas conclusões.
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